segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Malthus, Lutzenberger e alguns japoneses

A teoria malthusiana – por Thomas Maltus -, basicamente, diz que a produção de alimentos é a síntese de uma previsão que diz que os alimentos produzidos pelos humanos progridem de forma aritmética (1, 2, 3...), já os próprios humanos crescem de outra forma: a geométrica (2, 4, 8...). Essa teoria está 'semi-certa', pois ela é relativamente antiga - considerando os valores de 1650 à 1850 – não englobou os efeitos da Revolução Industrial, que, por uso de máquinas, agigantou a produção de alimentos no mundo. Por outro lado, o acontecimento dessa Revolução, trouxe consigo novos padrões de vida, que necessitavam maior quantidade de produtos de consumo. Isso se chama “padrão de vida americano”. O problema disso tudo é que, com esse padrão de consumo, aumentado para o mundo todo, ou seja, todos seguirem esse padrão, o mundo, mesmo com alta produtividade de alimentos, não haveria possibilidade de sustento a todas pessoas do mundo. Isso leva a crer que, apesar de estar desatualizada, a teoria de Malthus tem sua cota de verdade.
Então, houve a criação de uma teoria que se opôs totalmente aos princípios malthusianos: a Teoria Reformista que, por ser mais recente leva em conta o modelo econômico atual, isto é, leva em conta a globalização. Ela diz que, pela constante exploração de países desenvolvidos em relação aos subdesenvolvidos leva estes à pobreza, e esta, à superpopulação. Isso significa que a teoria afirma que se as populações que sofrem de problemas econômicos e sociais não fossem exploradas pelo 1º mundo, com isso, não havendo pobreza, o povo teria mais acesso à saúde e a educação, sendo assim, a escolaridade influenciaria na estabilidade da família na qual a consciência desta levaria ao controle da superpopulação mundial, porque pensariam com uma cautela maior quando fosse desejada a vinda de um filho.
Mas, sobre soluções práticas à fome no mundo é pensado – e aplicado – o uso e desenvolvimento tecnológico de alimentos transgênicos, ou seja, alimentos com alterações de características genotípicas. Significa que estes produtos apresentam muitas vezes uma grande quantidade de agrotóxicos, virando algo mais próximo de ser um veneno puro do que um alimento saudável, logo, tornando-se um problema, não uma solução para a fome do mundo. Mas essa ciência pode ser usada de uma forma mais próspera, por exemplo [SuperInteressante-Dezembro/09]
Japoneses implantaram genes de peixes da Antártica em morangos, que, com essa nova informação genética, são imunes ao frio, podendo ser plantados em qualquer estação.
Outra solução para a fome no mundo é desenvolvida por José Lutzenberger, que acredita que pequenas plantações aumentariam a produção total de alimentos, pois elas têm uma variedade maior de alimentos do que as plantations, que são caracterizadas por monocultura.
Para completar a redação, é necessário pensar sobre os limites populacionais. Teoricamente, a realidade mundial atual em relação à distribuição de alimentos, é desequilibrada. Há países do globo com muito, e outros com praticamente nada. E mesmo assim: acredito que a dimensão do consumo praticado pelo padrão de vida americano é muito maior do que realmente é necessário e saudável para sobreviver. Com isso, se todo esse alimento extra, fosse repartido igualmente no mundo, não haveria fome. Porém, se todos tiverem o padrão grotesco de consumo, que é o americano, seria impossível a prosperidade, pois precisaríamos do equivalente a seis planetas Terra para nos sustentar. Portanto, é possível inferir que a nossa casa pode nos sustentar, por mais que a quantidade de habitantes aumente, basta cuidarmos bem dela e repartir em igual o pão entre todos que nela moram.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

É Júlio...
Parece que não importa a fruta-peixe que agüenta todo o tipo de “tempo”; e que não é natural. O que realmente importa é o pão dado entre humanos que se suportam mutuamente; o que é, em principio, perfeitamente natural...
Abraço,
Prof. Donarte.