terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Teorias Demográficas

Em 1798, Malthus publicou uma tória demográfica que apresenta basicamente dois postulados:

A) A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, etc., tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto, em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32..) e constituiria um fator variável, ou seja, que cresceria sem parar.

B) O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria um limite de produção, por depender de um fator fico: o próprio limite territorial dos continentes.

Ao considerar esses dois postulados, Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da produção alimentar. Previa ainda que um dia estariam esgotadas as possibilidades de aumento da área cultivada, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária e a população do planeta continuaria crescendo. A conseqüência seria a fome, a falta de alimentos para abastecer as necessidades de consumo do planeta.

Hoje, sabe-se que suas previsões não se concretizaram: a população do planeta não duplicou a cada 25 anos e a produção de alimentos cresceu no mesmo ritmo do desenvolvimento tecnológico. Mesmo que se considere uma área fixa de cultivo, a produção aumenta, já que a produtividade também vem aumentando sem parar

Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente. Os erros de previsão estão ligados principalmente às limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões a partir da observação do comportamento demográfico em uma região limitada, com população predominante rural, e as considerou válidas para todo o planeta no transcorrer da história. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura.

Uma população jovem numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas conseqüência do subdesenvolvimento. Em países desenvolvidos, onde o padrão de vida da população é elevado, o controle de natalidade ocorreu paralelamente à melhoria da qualidade de vida da população e espontaneamente, de uma geração para outra. Uma população jovem numerosa só se tornou empecilho ao desenvolvimento das atividades econômicas nos países subdesenvolvidos porque não foram realizados investimentos sociais, principalmente em educação e saúde. Essa situação gerou um enorme contingente de mão-de-obra desqualificada ingressando anualmente no mercado de trabalho. Essa realidade tende a rebaixar o nível médio de produtividade por trabalhador e a continuar a empobrecer enormes parcelas da população desses países. É necessário o enfrentamento, em primeiro lugar, das questões sociais e econômicas para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio.

Acredito que os transgênicos até podem nos “salvar” mas penso que eles são totalmente artificiais, talvez tenham uma pequena parte da fonte de vida natural. Tenho a plena certeza que um dia ainda as pessoas irão notar que o importante é aquele alimento que é totalmente natural, que tem toda sua vitalidade contida na fruta ou verdura. Assim não salvará o mundo sendo que as fontes de energia contida nos alimentos são “falsas”, são artificiais e, portanto, não conseguiríamos viver por muito tempo assim.

O ecologista José Lutzenberger acredita na educação ambiental, medicina natural, agricultura regenerativa, manejo sustentável dos recursos naturais e assim o plantation baseado em uma monocultura de exportação mediante a utilização de latifúndios e mão-de-obra escrava. Pensando cada um de modo diferente as pequenas propriedades usadas podem realmente eliminar a fome, mas não utilizá-las para obrigar alguém a trabalhar.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Pois é...
Para que as pequenas propriedades possam retornar com força total deveríamos voltar a comprar na Feira... Lembra das Feiras!? Compras (tu e/ou teus pais) em alguma ainda!?
Veja que podemos mudar um monte de hábitos, né!?
Abraço,
Prof. Donarte.