segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

TEORIAS DEMOGRAFICAS: VERDADES E MENTIRAS

A partir dos séculos XVIII e XIX, houve um acentuado crescimento demográfico no mundo devido a então consolidação do capitalismo e a Revolução Industrial, o que proporcionou um aumento nas produções, em questão a alimentícia e, por conseguinte uma queda nas taxas de mortalidade. Isso fez com que os índices de crescimento populacionais crescessem, digamos que rapidamente, e chamasse atenção de estudiosos, o que culminou para o surgimento de algumas teorias, dentre elas a Malthusiana, criada por Thomas Robert Malthus, economista e demográfico inglês. Nela continha o seguinte pensamento baseada em estudos: A população cresceria em uma progressão geométrica, enquanto os alimentos em uma progressão aritmética, ou seja, a população iria crescer tão absurdamente que a produção de alimentos não ira alcançá-la, gerando fome e em conseqüência miséria.
No pós Segunda Guerra mundial, a população de países subdesenvolvidos volta a crescer num ritmo acelerado, vindo à tona novamente a teoria de Malthus por seus adeptos, sendo então chamada de neomalthusianos, por isso teoria neomalthusiana. Preconizava também as idéias de malthus, propondo drásticas políticas de controle de natalidade, o famoso planejamento familiar. Porém não surgiu muito efeito na maioria dos países com exceção da China, onde a taxa caiu pela metade em 40 anos. Aqui no Brasil não houve um controle rígido por parte do estado nacional, mas por volta da década de 70 eles começaram a apoiar programas com este foco.
Já a teoria subseqüente, conhecida como reformista ou marxista, era totalmente contrária as duas anteriores. Defendiam que é a própria miséria que causa a explosão demográfica. Como solução, apostavam numa mudança no caráter socioeconômico que possibilitassem uma melhoria no padrão de vida da população, e que acabaria assim gerando um planejamento espontâneo.
Acredito que houve equívocos nas teorias citadas acima. O problema que abrange o mundo todo, sem exceção de nenhum país, é com certeza a desigualdade, a má distribuição de renda, de alimentos, gerando a frase: “uns com tanto e outros com tão pouco.” Com certeza não falta alimentos em todo planeta para matar a fome de tanta gente. Falta sem dúvida, como dito na teoria reformista, é um rearranjo na estrutura socioeconômica dos países e também certo controle da natalidade, principalmente de países subdesenvolvidos, para que se consiga obter resultados significativos quanto à distribuição igualitária, ou pelo menos mais próximo disso, desses alimentos.
Com relação aos transgênicos, eles não são a solução da fome no mundo, entre outros motivos, porque o mundo não está carente de alimentos e sim de estruturas eficazes no combate as desigualdades.
Dentro deste contexto da fome, o ecologista José Lutzenberger relata constantemente em seus livros e textos, que é a pequena propriedade de terra que contribui com a eliminação da fome do/ no mundo e não as plantations, pelo simples fato de que nas pequenas propriedades se dá o cultivo de vários produtos alimentícios, enquanto nas plantations o cultivo é de monocultura, produzindo apenas um tipo de produto, acreditava em modelos sustentáveis, totalmente contra a globalização.
Por fim, termino respondendo a última questão. A estimativa de máximo populacional é de 9 bilhões de pessoas, e ainda sim muitos não morreriam de fome por falta de alimentos disponíveis, e sim por relatos acima e ainda por um grande pecado que o homem sabe que comete, mas não muda, o desperdício.

2 comentários:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

É Amanda, o desperdício, sempre o desperdício... Quanto coisa jogamos fora, quanto lixo produzimos... Ele (desperdício) vem da onde? Do nosso “modus vivendi” – do nosso modo de vida consumista!
Vergonha nossa!
Abraço,
Prof. Donarte.

Anônimo disse...

qual a diferença das teorias?
malthusiana,neomalthusiana e reformista?