terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Teorias Demográficas: verdades e mentiras

Com o advento do crescimento demográfico pelo mundo, que hoje em dia está em uma escala reduzida, houve a necessidade de projetarmos como seria o futuro do nosso planeta. Para isso, foram postuladas as teorias demográficas que fazem observações relevantes à nossa produção de alimentos e também ao crescimento populacional.
Thomas Malthus, por volta do século XVIII, postulou a Teoria Malthusiana, dizendo que a população cresceria em uma progressão geométrica quanto à produção de alimentos se daria em uma progressão aritmética. Se baseando nessa ideia, chegaria um momento em que a mão haveria alimentos suficientes para população mundial, porque não havia certo equilibro entre esses “avanços” do planeta.
Baseado das idéias de Malthus houve a postulação da teoria Neomalthusiana, que se afirmava nas idéias da teoria Malthusiana, só que pregava determinado controle sobre o crescimento populacional. Com esse controle, seria possível evitar a falta dos recursos naturais do planeta, como por exemplo, nos países subdesenvolvidos.
Essas teorias geram diversas dúvidas, porque assim ninguém sabia o que poderia acontecer se faltasse alimento. Com isso houve a tentativa de buscar soluções, imediatas, para solucionar o problema ou pelo menos para haver a compreensão da seriedade do caos que poderia se instalar em toda a Terra.
Seguindo o pensamento de Karl Marx, que “condenava” o capitalismo por causa do modo de vida que as pessoas têm e pregando que com a implantação do socialismo “tudo seria resolvido” porque haveria a busca por uma sociedade mais justa e igual para todos. Houve a postulação da teoria Reformista que era “contra” (oposta) as teorias demográficas da época. Ela dizia que a falta de alimentos se daria pela má distribuição de renda, por causa da exploração dos países desenvolvidos em cima dos países menos desenvolvidos. Para a solução destes problemas, os pregadores desta teoria disseram que a solução estaria na melhor distribuição de renda para suprir a falta de alimentos.
Considero que a teoria Reformista seja a mais correta, porque estudos comprovam que o nosso planeta é capaz de produzir alimentos para mais de 6,9 bilhões de pessoas, aproximadamente a população mundial segundo informação do censo dos EUA.
Fonte:
http://www.novomilenio.inf.br/porto/mapas/nmpop.htm
E que a falta de alimento se daria primeiramente pela má distribuição de renda que há, porque atualmente já há pessoas que passam fome, não porque não há alimento e sim pela falta de dinheiro. Seguindo a mesma linha de raciocínio os transgênicos não solucionarão o problema de falta de alimentos, porque ele não existe, o que precisamos é uma solução econômica em relação a essa questão. Eles podem na questão da duração dos alimentos, porque se forem modificados geneticamente poderão resistir mais tempo que os alimentos naturais, só que sempre haverá um risco a saúde dos humanos.
Em seus dizeres José Lutzenberger sempre afirmou que as pequenas propriedades que contribuem para a erradicação da fome do mundo, porque são elas que ajudam no aumento da produção. Não se sabe exatamente o que o nosso planeta pode agüentar, em termos de população e produções de alimentos, só que segundo o censo dos EUA (fonte anterior), estima-se que a população em dezembro de 2037 seja de aproximadamente de 10,4 bilhões de pessoas.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Caro Thiago,
Um argumento interessante de teu texto; que a primeira vista parece até ser ingênuo; mas que não é, aponta o “dinheiro” como problemática geradora da fome. É fácil falar que o problema é a má distribuição das riquezas. Mas, na prática, é bem isso mesmo que tu colocas. Pode parecer trivial, mas a questão reside no “dinheiro”... Todas as relações estão baseadas nele. Logo, comprar comida torna-se, para alguns, um impedimento...
Isso acontece porque, em última análise, a comida, a alimentação, virou mais um produto que devemos, como qualquer outro, consumir...
Partindo deste ponto, poderíamos retroceder até à propriedade privada e a forma como ela é usada, a relação campo-cidade, a Divisão Internacional do Trabalho, etc., etc. Um mundo de relações se desdobra partindo da temática fome e teorias demográficas...
Que mesmo tendo concluído esta etapa de nossa formação (3º do Médio), possamos continuar a pensar sobre ela para que, doravante, possamos contribuir de alguma forma, para uma mudança...
Abração do prof.,
Donarte.