sábado, 19 de setembro de 2009

Tempo, Dia e Hora

Santo Agostinho, (354-430), filósofo de grande influência no pensamento cristão, costumava falar o seguinte sobre o assunto: “Se ninguém me perguntar o que é tempo eu sei o que é, mas se eu desejar explicá-lo a quem me indaga, eu não sei”.
A partir desse pensamento de Santo Agostinho, muito antigo, mas que ainda é relevante, percebesse que a população mundial atual sabe o que é tempo, mas não sabe como explicá-lo com suas palavras, talvez porque não consegue visualizá-lo.

Albert Einstein, não satisfeito com essa situação, disse que o tempo e espaço são conceitos que nunca se separam, porque não faz sentido falar de um deles isoladamente. Com isso, ele percebeu que para relacionarmos espaço com o tempo precisamos de um ponto de referência, assim, essa medida está sempre relativamente ligada a um sistema de referência. Disso que nasceu a famosa teoria da relatividade de Einstein.

Não há uma única explicação para o que é o tempo e nem qual é o mais correto, tudo isso porque não existe apenas um tipo de tempo e sim vários, porque precisamos de tempo para realizar qualquer tarefa. Existe o tempo cronológico que se resume a uma sucessão de fatos (o passar do tempo), o tempo “econômico” que é facilmente explicado, sendo a organização do que será feito na produção de riquezas entre outros.
A cada ciência do mundo o tempo é visto de uma forma, na física ele é usado para que seja possível definir outras grandezas existem como a velocidade, consumo de energia. Ele é considerado um ponto de referência ao mesmo tempo em que precisamos organizá-lo para que seja possível nos organizar.

Comumente é um dos componentes do sistema de mediações que pode ser usado para seqüenciar eventos, comparando as durações de eventos (os intervalos) e para medir o movimento de todos os objetos presentes no universo. Essa concepção é muito usada nos ciências humanas, como a história que utiliza o tempo para explicar os fatos ocorridos anteriormente.
Então podemos definir o tempo sendo uma maneira de explicar certas coisas que acontecem no espaço e também sendo a maneira de como nos organizamos durante o nosso tempo, a vida.
Pode-se dizer que é à hora é uma unidade menor que o tempo, sendo assim, à hora é usado para a contagem de “tempo” dos dias. É uma unidade de medida que foi baseada na velocidade (distância pelo tempo) de rotação e as dimensões da terra, isso porque temos o dia e a noite, assim é possível que trabalhemos, estudemos enfim certa quantidade de horas por dia.

As antigas civilizações definiram o que seria hora, sendo um doze avos do tempo entre o nascer e o pôr-do-sol ou um vinte e quatro avos de um dia. Nas duas situações a divisão foi feita com o sistema de numeração duodecimal e o costume de manter o padrão entre diferentes grupos de informação (12 meses, 12 signos do zodíaco, 12 pontos principais no compasso, uma dúzia).
É como é pelo modo de como esses assuntos foram sendo entendidos e estudados durante a sua existência e também pelo “funcionamento” do lugar em que estamos inseridos, assim é como é hoje porque fomos nós mesmos que formamos isso. Não é de outro jeito porque há formação desses consensos ocorreu devido ao pensamento, desde antigamente até atualmente, das pessoas que viveram no mundo e tiveram que se organizar viver e explicar outros fatos.
Sendo assim, se pensássemos de outro jeito também questionaríamos porque é de certa forma e não de outra.

O planeta Terra apresenta uma forma geóide, assim ele possui 360º, uma volta completa. Cada dia possui 24 horas de duração, sendo assim, 15º resultaria na diferença de uma hora em relação ao meridiano anterior ou posterior.
Greenwich foi escolhido como o meridiano que dividiria o globo em ocidente e oriente por convenção internacional, a partir disso foi possível medir as longitudes. Ele passou a servir de referência para calcular distâncias em longitudes e estabelecer os fusos horários. Como sempre houve uma noção eurocêntrica nos mapas, a Europa sempre ficava no meio de tudo, por isso que aquele ponto foi considerado o divisor dos mundos.


Tipos de Tempo:

Tempo Histórico: Estudo do tempo cronológico, compreensão dos acontecimentos como sendo pontuais, uma data, organizados em uma longa e infinita linha numérica.

Tempo Cronológico: Se resume a uma sucessão de fatos (o passar do tempo).

Tempo Psicológico: sabe da existência de um intervalo entre as ações que ocorreram, mas não se consegue distingui-lo, podendo ser observado no passado de uma pessoa.

Tempo Econômico: a organização do dia para um maior rendimento e organização na produção de riquezas;

Tempo próprio da pessoa, é aquele tempo que a pessoa precisa organizá-lo, para que seja possível realizar todas as coisas que ela gostaria.

Tempo Cíclico: Repetição de um fenômeno em intervalos cíclicos.


Tipos de Dia:

· Dia Solar: Tempo que o nosso planeta demora a fazer uma rotação completa sobre o seu eixo.

· Dia Sideral: Tempo que é gasto na realização de uma rotação de 360º, uma volta em si mesmo.

· Dia Natural: Tempo em que é possível observar o Sol, a partir da Terra. Ele compreende o tempo entre o nascer e o pôr-do-sol, sendo divididas em duas partes, manhã e noite.

Tipos de Hora:

Hora Solar: Tempo que o sol demora a percorrer os meridianos, percorrendo todos em 24horas solares.

Hora Legal: Horário oficial de uma determinada região.

4 comentários:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Caro Thiago,

Só a primeira imagem postada por ti já dá muito que falar... Como interpretas ela!?

Muito bem!

Att,

Prof. Donarte.

Thiago Rocha Passuello disse...

Donarte,

Também achei essa imagem muito interessante, acho que ela pode ser relacionada com os tipos de tempo apresentados no texto. Por esse motivo só adicionei essa imagem sobre o tempo, porque pode ser interpretada de vários modos.

Sendo um deles, o tempo relacionado com o espaço, o qual não conseguimos "ver" o fim, assim não podemos ver o final do tempo.

Abraço,
Thiago Passuello.

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Pois é, caro, Thiago!

Parece que a imagem bem poderia receber o nome de "espiral do tempo", e, então, teríamos o tempo como uma espiral que não para de aumentar, crescer e envolver a etapa imediatamente anterior... Há, basicamente, três modos de ver o tempo: a) linearmente: onde o tempo se desenvolve numa linha reta, b) espiraladamente: onde o tempo, tal como na tua imagem, se desenvolve sempre envolvendo a etapa anterior e excedendo a mesma, e, c) circularmente: onde o tempo se repete de tempo em tempos...

Demais, não!?

Abraço,

Prof. Donarte.

Thiago Rocha Passuello disse...

Certamente Donarte,

Esse seria outro modo de observar essa imagem, assim estaríamos envolvendo o tempo cronológico e consequentemente o histórico.

Abraço,
Thiago Passuello.