sexta-feira, 29 de maio de 2009

Rio Grande do Sul e a Política

Geografia estuda a influência do homem no meio, as suas relações com ele, estuda as atualidades do mundo. Podemos associar muitas coisas à area da Geografia, é muito ampla a gama de coisas sobre as quais podemos falar. São vários os assuntos que me atraem, os mapas, as localizações, as informações geológicas, as discussões filosóficas. Eu poderia muito bem pegar uma área específica, um campo qualquer estudado pelos acadêmicos, mas me permitirei fugir um pouquinho desse lugar comum e falarei sobre algo um pouco mais abstrato, mas muito mais reflexível, creio eu. Talvez seja isso o que mais esteja chamando a minha atenção atualmente. Política. É um assunto que, coincidentemente ou não, causa muita polêmica sempre, a política. Mais específicamente, no caso desse texto, a nossa governadora Yeda Crusius e a sua controversa administração.

É de sabedoria comum que o atual governo do nosso estado é polêmico. Aliás, no Brasil, é raro qualquer administração pública não ser polêmica. Obviamente que falo de uma forma geral, porque sempre há aquelas exceções, sempre há as pessoas que agem corretamente, sempre há administradores bons. Mas me impressiona bastante o rumo que as coisas têm tomado recentemente no Rio Grande do Sul. Historicamente, sempre fomos um estado que, apesar de suas imperfeições, sempre foi marcado pelo alto nível cultural, pelas pessoas talentosas, pela correção com que as coisas sempre funcionaram. O Brasil tem essa imagem daqui. Eis que, de 3 anos pra cá, a partir da posse da nossa governadora, uma série de fatos absurdos vem ocorrendo.

Obviamente que não podemos dizer que tudo estava bem por aqui antes dela e que de repente começou a ruína. É claro que não. Os problemas sociais, econômicos, culturais, sempre houveram. É inegável também que de uns tempos pra cá a noção de justiça, de valores próprios, de valores pessoais, de preocupação com o outro tem atingido um estado crítico. Os nossos políticos não se preocupam com o povo. Além do mais, há permanentemente aquela grande sensação de impunidade no ar. Mas o fato é que o atual governo, mesmo em meio a esse contexto circense que é a política brasileira, está conseguindo se destacar de uma forma impressionante.

Na minha idade, geralmente as pessoas costumam não se posicionar muito sobre política. Geralmente os jovens, em sua maioria, adotam a opinião de seus pais e acabam não fazendo análise alguma sobre a situação do meio em que vivem. Eu me considero um pouco diferente. Tenho minha própria opinião. Na última eleição, se eu votasse, não teria votado na Yeda, de forma alguma. Eu era - e ainda sou - contra suas idéias políticas, seu ideal direitista, suas idéias conservadoras e elitistas. Não sei até onde essa minha opinião influencia meu julgamento do atual governo. É óbvio que, uma vez eu não gostando dela, há a tendência de que eu superestime seus erros, de que eu supervalorize o que é ruim e desvalorize o que é bom. Mas, independente disso, eu sei que a situação está calamitosa. A aprovação de Yeda que, quando da sua eleição, recebeu mais da metade dos votos dos gaúchos, caiu de forma espantosa logo no seu primeiro ano de governo. É incrível como as pessoas arrependem-se de ter votado nela.

A governadora, que nem gaúcha é, já cansou de ter sua vida pessoal revistada pela justiça, cansou de se ver envolvida em polêmicas com o seu vice (que cada vez mais prova ser um puro interesseiro, que de parceiro de Yeda não tem nada), já teve a compra de sua casa colocada sob suspeita (em matéria recente da revista de circulação nacional VEJA), já se contradisse, já mudou de convicção, enfim, não parou de fazer lambanças no governo. Além do mais, se analisarmos de forma crítica e técnica o seu governo, veremos que ela simplesmente negligenciou com a saúde, ignorou a segurança pública, teve um incrível descaso com o trabalhador, afundou a economia e o que eu mais destaco, sem dúvida, a estagnação que se tornou a educação no nosso estado. O Rio Grande do Sul, antes líder de indicadores sócio-econômicos, vê-se numa situação complicada, vê-se completamente no buraco.

Minha análise é essa. Para mim, o governo Yeda foi a pior das escolhas que os gaúchos tinham para fazer. O tempo comprovou que a governadora só piorou a nossa situação e não contribuiu com nada. O povo está insatisfeito. A iminente saída dela só nos trará benefícios. Porque mais mal-administrado do que está atualmente, é difícil o Rio Grande do Sul ficar.

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