sexta-feira, 29 de maio de 2009

Texto sobre assunto Geográfico: Coréia do Norte x Coréia do Sul

Quando abordamos o assunto Coréia do Norte (comunista) X Coréia do Sul (capitalista) normalmente temos a visão americanizada sobre isso. Sempre ouvimos falar que os norte-coreanos são os malvados, que estão tentando destruir o mundo. Isso é um reflexo da Guerra Fria onde comunistas e capitalistas, que saíram “vencedores”, polarizavam o planeta. De um lado os E.U.A., grande potência capitalista, de outro a extinta União Soviética.
Dezenove anos após o fim da guerra, ainda sentimos os reflexos dela. A Coréia do Norte realmente está passando do limite. Ela sempre foi menos desenvolvida que sua vizinha. Apesar de terem assinado um tratado de paz, os dois países nunca se entenderam completamente. Desde a sua independência, em 1948 as nações sempre estiveram desconfiadas uma da outra. Elas foram dominadas por blocos políticos completamente opostos e faziam fronteira, gerando assim uma enorme tensão. Em 1950 tem início a Guerra da Coréia, onde os norte-coreanos, com o apoio da China, partem para cima de seu vizinho. Até 1953 as nações viveram em guerra. Agora a Coréia do Norte está desafiando o mundo, alguns meses atrás eles proibiram os aviões sul-coreanos de passarem por cima de seu território e ontem eles fizeram seu segundo teste nuclear em 4 anos. A China, comum aliada do país do norte, revelou-se extremamente contra isso que eles estão fazendo com o mundo. A ONU (Organização das Nações Unidas) também condenou o teste, assim como Barack Obama, presidente dos E.U.A..
Os norte-coreanos começaram a sua corrida nuclear durante a Guerra da Coréia, onde os americanos ameaçaram lançar bombas nucleares sobre seus territórios. Em 1960 começou a ser construído um complexo de pesquisa nuclear em Yongbyon. Tudo isso com o apoio da China e URSS, que aceitavam formar cientistas do país comunista. Apenas em 1993 a Coréia do Norte e os Estados Unidos tiveram um acordo, prometeram não usar a força e respeitarem-se um ao outro. Em 2002 o presidente americano, George W. Bush, colocou a Coréia no eixo-do-mal, junto com Irã e Iraque. Os coreanos extremamente irritados disseram que Saddam só foi derrotado porque não tinha armas nucleares e começam a aprimorar seu programa nuclear.
Além de enriquecer plutônio, material utilizado para fazer bombas atômicas, a Coréia do Norte lançou mísseis de pequeno alcance sobre a sua vizinha. Eles falaram que se a ONU quiser revistar seus navios a procura de bombas, considerarão isso como um ato de hostilidade e poderão partir realmente para um ataque. Os Estados Unidos não ficaram indiferentes às ameaças coreanas, a secretária de estado Hilary Clinton afirmou que a Coréia só está “querendo aparecer” e que não ficará impune diante do que está fazendo. Também pediu que a nação voltasse a negociar com as outras 5 (China, Japão, Coréia do Sul, E.U.A. e Rússia), mas eles se recusam e querem uma “conversa” só com os americanos.
Já a outra Coréia está em alerta geral, militares patrulhando as fronteiras e uma população assustada, com medo de uma guerra. O conselho de segurança da ONU pediu que todos os Estados membros cumpram imediatamente todas as sanções impostas ao regime Pyongyang.
Essa semana ocorreu algo muito raro, os Estados Unidos elogiaram a China. O porta voz da casa Branca, Robert Gibbs disse que as posições chinesas foram extremamente úteis nas conversações, também frisou que Pequim foi essencial nessas últimas semanas, tomando uma postura rigorosa em relação aos acontecimentos.
Eu concordo com a secretária de estado americana, a Coréia do Norte só está querendo chamar a atenção. Não acho que eles seriam capazes de iniciar uma guerra contra o mundo, seria um crime contra os civís e o “fim” dos norte-coreanos. Mas não podemos descartar a opção de que também há chance de ocorrer um ataque, o que seria péssimo também para economia mundial. Afetaria todo o sudeste asiático, grande propulsor econômico com Japão e China.

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