quinta-feira, 28 de maio de 2009

EUA: dos primórdios de sua colonização até a atualidade

Além de ser uma superpotência agrícola, industrial e militar, os Estados Unidos foram a primeira nação fora da Europa a se industrializar. É, também, um dos dois únicos países americanos que fazem parte do G8. Atualmente, o contexto político e socioeconômico norte-americano faz com que toda recessão ou crescimento industrial no país tenha reflexos globais. Essa tremenda influência mundial pode ser observada na crise atual, que resultou em dificuldades econômicas para diversos países ao redor do mundo.
Mas, afinal, como seu deu a origem deste país tão influente e poderoso? Como foi a trajetória histórica que o trouxe até aqui?
Estima-se que a ocupação do território onde hoje estão os Estados Unidos tenha começado de dez a quarenta mil anos atrás, com a migração de humanos da Ásia, através do Estreito de Bering.


Assim sendo, diversas tribos nativo-americanas viviam na região que atualmente constitui os Estados Unidos muito tempo antes da chegada dos primeiros europeus. Cada um destes grupos indígenas era composto por diversas tribos com culturas e idiomas semelhantes, que eram aliados ou neutros entre si.
A chegada dos primeiros europeus se deu ao longo do século XVI. Diferentes nações exploraram e reivindicaram diferentes partes da atual região dos Estados Unidos, como Espanha, Holanda, além da Inglaterra, que formou as Treze Colônias.
Após conquistar sua independência da Inglaterra em 1776, os Estados Unidos iniciaram sua expansão territorial, tendo como justificativa o Destino Manifesto – que afirmava que o povo norte americano estava predestinado a ocupar e colonizar as terras que se estendiam até o Pacífico.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Destino_Manifesto

Então, os Estados Unidos foram se expandindo, por meio de tratados ou guerras, em direção ao Pacífico, acabando também com todas as nações nativo-americanas existentes em território americano, e movendo forçadamente a população indígena dos seus antigos territórios para reservas indígenas. Ocorreu também a compra de territórios da França, do México – do qual obteve terras que hoje correspondem aos estados do Texas, Novo México, Arizona, Califórnia, Nevada, Utah, mais da metade do Colorado e parte de Wyoming, Kansas e Oklahoma – e da Espanha. Ao comprar o Alasca da Rússia pela ridícula quantia de 7,2 milhões de dólares – aproximadamente 5 centavos por hectare –, em 1867, os EUA adquiriram seu atual “formato”.
Com o processo de independência das Américas Central e do Sul, Os Estados Unidos se firmaram como potência continental. Visando a manutenção da hegemonia dos EUA no conjunto do continente americano, em 1823, o presidente James Monroe, em um discurso que ficou conhecido como Doutrina Monroe, declarou que o país não toleraria a influência de potências européias na América. Ao longo do tempo, para preservar esta mesma hegemonia, os EUA passaram a realizar, sob qualquer pretexto, intervenções armadas na América Latina.
No século XIX, após a Guerra Civil Americana (1861 – 1865), o processo de industrialização dos EUA teve início. Com este processo, ao final deste mesmo século, foi formada a nação mais rica do mundo.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos conheceram um período de grande prosperidade econômica, tornando-se os principais fornecedores de matérias-primas, alimentos e armamentos para os países aliados e ao mesmo tempo começaram e atuar nos mercados que haviam sido abandonados por esses países.
Teria início aí, então, um próspero período de rápido crescimento econômico, marcado pela presença do automóvel do rádio e do cinema, originando a imagem do “sonho americano”. Estes seriam chamados de “Os dourados anos 1920”.
Porém, em 1929, a crise econômica deu final ao crescimento econômico. São considerados dois motivos principais que acarretaram nessa crise:
- O aumento da produção norte americana não foi acompanhado de um aumento dos salários.
- A recuperação dos países europeus após o final da Primeira Guerra Mundial. Com isso, a economia européia se reestabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos.
Com a retração do consumo na Europa, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Sem o aumento dos salários, o poder de consumo não evoluiu tanto quanto a produção. Em outras palavras, havia uma oferta maior que a demanda. Consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a crise de 1929 foi uma crise de superprodução.
Os anos 1930 foram dedicados à reconstrução da economia. Mas, em 1939, o país foi novamente “beneficiado” com mais uma guerra mundial. Ao término desta, em 1945, os EUA voltaram a dominar a economia do mundo capitalista.
Do final da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos 1990, o país disputou com a então União Soviética a hegemonia mundial. Após, os EUA retornaram novamente ao lugar de única potência militar e econômica do mundo.
O espaço econômico norte-americano divide-se em duas partes: o Manufacturing Belt (Cinturão Fabril) – que forma a maior concentração urbano-industral do mundo – e o Sun Belt (Cinturão do Sol) – que é relativo às novas áreas industriais que foram criadas principalmente após a II Guerra, como a informática, a biotecnologia, a indústria aeroespacial e a microeletrônica.

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